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Convergência e Investimento: O Brasil em Obras

Convergência e Investimento: O Brasil em Obras

A infraestrutura brasileira vive um novo ciclo de oportunidades. Com uma agenda estratégica voltada à expansão logística e energética, o Brasil tem atraído investidores nacionais e internacionais em ritmo acelerado. Leilões, parcerias público-privadas, concessões e reformas legislativas dão o tom de um País que busca crescer com responsabilidade, segurança jurídica e planejamento.

Desde 2023, o Ministério dos Transportes coordenou 12 leilões de concessão, que resultaram na entrada de nove novos grupos empresariais no mercado nacional. Essa expansão representa não apenas a ampliação da capacidade logística do país, mas também a valorização de um ambiente institucional mais maduro e receptivo ao capital privado. São quase R$ 500 bilhões em investimentos previstos até 2026, com impacto direto em setores como petróleo e gás, construção civil, ferrovias, hidrovia e rodovias.

Mais do que obras: um pacto institucional

A construção de infraestrutura vai além de máquinas e concreto. Ela exige um pacto institucional, que una governo, empresas, reguladores e a sociedade em torno de um objetivo comum: o desenvolvimento sustentável. Foi essa a tônica do evento de 8 anos da Agência iNFRA, realizado em Brasília, que também marcou o início de uma parceria com a Esfera Brasil para ampliar o acesso à informação confiável e fomentar um ambiente de negócios mais previsível.

Estiveram presentes autoridades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, como os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Jader Filho (Cidades) e Vital do Rêgo (Tribunal de Contas da União), todos alinhados em torno da ideia de que a infraestrutura deve ser uma política de Estado — e não de governo.

O papel dos empresários: acompanhar, participar e influenciar

Se o ambiente é de oportunidades, ele também exige vigilância. Para empresários, acompanhar de perto as transformações na legislação, nos projetos de concessão e nas diretrizes das agências reguladoras não é apenas um dever, mas uma estratégia essencial para garantir competitividade e perenidade nos negócios.

Empresas que atuam direta ou indiretamente com logística, energia, construção ou tecnologia devem estar atentas aos movimentos do Estado. A participação em audiências públicas, o diálogo com associações setoriais e o investimento em compliance regulatório são formas de se posicionar de forma proativa frente às mudanças. Mais do que isso: empresários bem informados ajudam a moldar o futuro da infraestrutura nacional, tornando-se protagonistas de um processo coletivo.

A visão do especialista

Para o nosso sócio Dr. Renato Romão, especialista em Direito Administrativo e Direito Público, a atual conjuntura representa uma janela de oportunidades, mas também um momento de atenção:

“Vivemos um momento em que o Brasil se reposiciona no cenário global como um destino relevante para grandes investimentos em infraestrutura. Mas para que isso se consolide, é preciso que haja segurança jurídica, estabilidade regulatória e, sobretudo, participação ativa do setor privado. Os empresários precisam sair da posição de espectadores e assumir um papel mais estratégico — acompanhando marcos regulatórios, discutindo propostas e exigindo transparência nos processos.”

Segundo Romão, o diálogo entre os setores público e privado deve ser constante, técnico e baseado no interesse público. “Quando há confiança, previsibilidade e boa governança, os investimentos chegam, e quem ganha é o Brasil inteiro”, conclui.

Uma nova infraestrutura para um novo Brasil

A modernização das leis de concessões e PPPs, atualmente em debate no Congresso Nacional, também integra essa agenda de futuro. O deputado Arnaldo Jardim, autor do substitutivo que trata da atualização do marco legal, foi homenageado durante o evento da Agência iNFRA. A proposta busca reduzir burocracias, ampliar garantias aos investidores e melhorar a relação contratual entre Estado e concessionárias.

Como destacou o próprio parlamentar: “Falar em infraestrutura é falar no desenvolvimento sustentável do Brasil.” E, de fato, a convergência de interesses em torno dessa pauta será decisiva para que o País se torne mais competitivo, resiliente e conectado.

Conclusão

O Brasil está em obras — não só físicas, mas institucionais e regulatórias. Para que esse movimento seja bem-sucedido, é necessário manter o foco em transparência, estabilidade e compromisso com o longo prazo. Empresários, gestores públicos e sociedade precisam caminhar juntos, munidos de informação de qualidade e guiados pelo interesse público. Só assim pavimentaremos, de fato, o futuro que queremos.

Equipe Taveira e Romão Sociedade de Advogados

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