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Investimentos mútuos e seus desafios: o Brasil no cenário global

Investimentos mútuos e seus desafios: o Brasil no cenário global

A presença de lideranças políticas e econômicas brasileiras na segunda edição do Diálogos Esfera NY, em Nova Iorque, trouxe à tona um tema essencial para o futuro do Brasil: o fortalecimento de laços comerciais e a atração de investimentos estrangeiros diretos (IED). Em destaque, a fala de Mauricio Claver-Carone, ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e enviado especial do governo norte-americano, apontou os três principais entraves para a entrada de capital dos EUA no Brasil: câmbio, crime organizado e corrupção.

Embora a relação comercial entre Brasil e China esteja consolidada, os EUA seguem como a principal fonte de IED no País. Claver-Carone enfatizou que os norte-americanos desejam investir em ambientes mais previsíveis e estáveis, tanto do ponto de vista econômico quanto institucional. A instabilidade cambial e os riscos sistêmicos ainda inibem decisões estratégicas de médio e longo prazo.

Dra. Bárbara Taveira, sócia da Taveira e Romão Sociedade de Advogados, professora universitária, mestre em Direito e especialista em Direito Empresarial, compartilha sua visão sobre o tema:

“Os desafios apontados por Claver-Carone são reais e precisam ser enfrentados com seriedade. A insegurança jurídica, alimentada por instabilidades políticas e institucionais, afasta investimentos que poderiam transformar nosso parque industrial, ampliar empregos e fomentar inovação. Por outro lado, é preciso reconhecer que o Brasil tem um enorme potencial e vem adotando medidas importantes para ampliar a transparência, combater a corrupção e melhorar o ambiente regulatório. O papel do advogado empresarial é, justamente, o de construir pontes de segurança jurídica para que esses investimentos floresçam. O diálogo entre as potências deve respeitar a soberania nacional e, sobretudo, o interesse do Brasil.”

Durante o evento, também ficou evidente a necessidade de o Brasil agir de forma estrategicamente equilibrada no cenário internacional. A fala do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reforçou que o País não deve se alinhar automaticamente a nenhuma potência, mas sim buscar o que for melhor para o desenvolvimento interno — seja por meio do fortalecimento da indústria, do agronegócio ou do comércio.

A construção de um ambiente de negócios estável e transparente passa por reformas estruturantes, como a simplificação tributária, a modernização da legislação empresarial e o combate efetivo à criminalidade organizada. O papel das instituições jurídicas, públicas e privadas, é essencial para consolidar esse novo cenário.

Na visão da Dra. Bárbara Taveira:

“É hora de transformar o discurso em prática. Investimentos mútuos só prosperam quando ambos os lados confiam no ambiente jurídico, político e econômico. O Brasil tem tudo para ser protagonista global, mas precisa reforçar seus compromissos com a segurança jurídica, a integridade institucional e a previsibilidade econômica. É nesse contexto que o Direito Empresarial se apresenta como ferramenta essencial de desenvolvimento.”

Ao final do dia, como bem pontuou Claver-Carone: “Vocês estão investindo em nós, e nós estamos investindo em vocês.” Para que essa lógica seja frutífera, o Brasil precisa continuar avançando — com autonomia, estratégia e foco em seus próprios interesses.


Equipe Taveira e Romão Sociedade de Advogados

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